Segundo dados da Associação Brasileira de Alumínio (Abal), o consumo de produtos de alumínio no Brasil somou 1.583,9 mil toneladas em 2021, um aumento de 10,9% sobre 2020, e o maior volume registrado desde o início da apuração, em 1972.

Do total, 88% dos produtos de alumínio (ou 1.393,4 mil toneladas) foram produzidos no Brasil em 2021, um crescimento de 10,6% em relação ano anterior. As importações acompanharam a alta com crescimento de 12,7% ante o ano de 2020.

“O resultado histórico, que ultrapassa inclusive os patamares pré-pandemia, demonstra a resiliência do setor do alumínio nacional, que segue investindo no crescimento de forma sólida e sustentável, mesmo em cenários desafiadores”, diz Janaina Donas, presidente-executiva da Abal.

Com exceção do segmento de cabos e de pó de alumínio, únicos a registrarem queda no consumo em 2021, todos os demais produtos apresentaram desempenho positivo quando comparados a 2020. O destaque ficou para o volume recorde de consumo de chapas, de 800,6 mil toneladas (+16,2%). O crescimento reflete o vigor do segmento de embalagens, que respondeu por mais de 40% do volume de produtos de alumínio consumidos.

A projeção da Abal continua sendo positiva para o consumo interno de produtos de alumínio: crescimento de 4,9% em relação a 2021, totalizando 1.662 mil toneladas, o que seria um novo recorde para o setor.

“A indústria brasileira de alumínio está preparada para responder ao aumento da demanda e seguirá investindo para ampliar a sua capacidade de produção. O setor prevê, até 2025, um aporte aproximado de R$ 30 bilhões para a construção de novas plantas industriais e a modernização das já existentes; diversificação da matriz energética e aumento da autogeração de energia, dentre outras ações”, conclui Janaina Donas.

CONSUMO INTERNO DE PRODUTOS TRANSFORMADOS EM ALUMÍNIO POR SEGMENTO, EM 2021

Os Laminados somaram 889,1 mil toneladas, com crescimento de 14,9% em relação a 2020 (773,5 mil toneladas), seguidos pelos Extrudados, 245,8 mil toneladas, com crescimento de 17,2% em relação a 2020 (209,7 mil toneladas); Cabos, com 180,8 mil toneladas, com queda de 15,1% em relação a 2020 (212,9 mil toneladas); Fundidos, com 157,8 mil toneladas, com crescimento de 16,7% em relação a 2020 (135,2 mil toneladas); Pó, um total de 25,6 mil toneladas, com queda de 5,2% em relação a 2020 (27 mil toneladas); Destrutivos, um volume total de 42,9 mil toneladas, com crescimento de 16,3% em relação a 2020 (36,9 mil toneladas); e outros, com 41,9 mil toneladas, crescimento de 25,1% em relação a 2020 (33,5 mil toneladas).

Fonte: Brasil 61